Oi, tudo bem?
Finalizei dias atrás a leitura do livro “O mito da beleza – Como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres” da Naomi Wolf e preciso falar sobre ele.
Desde que comecei a estudar moda e estilo alternativo, sempre me intrigou como os padrões de beleza afetavam a forma como nos expressamos e o quando somos o que os outros querem e não o que queremos ser. E foi exatamente isso que me levou a ler este livro.
Publicado nos anos 90, o livro continua extremamente atual. A autora expõe como a ideia de beleza feminina foi transformada em uma ferramenta de controle social, especialmente após as conquistas que garantiram mais espaço para as mulheres no mercado de trabalho e na sociedade. Se antes eramos limitados por leis e normas explícitas, agora a pressão acontece pela pressão estética, pelo culto à juventude e pela exigência de um corpo perfeito.
O que mais me impactou foi perceber como essa lógica se reflete no nosso dia a dia. Seja na moda, na publicidade ou até nas redes sociais, existe um padrão imposto do que é considerado “bonito” e “aceitável”. E o mais doido? Muitas vezes, a gente nem percebe o quanto isso acontece, porque somo manipulados o tempo todo a seguir tendências e nos colocar em caixas – e eu sempre falo sobre vocês sairem dessas caixas e pararem de seguir tudo que aparece, é so mais do mesmo e o mundo precisa de autenticidade, bota tua essência pra fora e seja mais você.
A escrita de Naomi é direta, recheada de dados e análises que fazem a gente questionar tudo. Ela fala sobre a relação entre beleza e poder, a influência da mídia e como essa pressão estética nos cansa. E se você, assim como eu, gosta de desconstruir padrões e pensar na moda como uma forma de liberdade, esse livro te abre a mente mais ainda sobre o assunto que é separado por capítulos onde cada um trás pontos importantes na vida da mulher, onde somos impactadas.
Ao longo da leitura, percebemos como nosso corpo é objeto de estudo constante e não somos donas dele, se você tem peito pequeno, precisa colocar x ml para se encaixar em um grupo, se seu nariz é pontudo, precisa moldar ele pra ficar mais redondo… tudo é visto como um defeito que precisa ser melhorado. Quantas vezes deixamos de usar algo que amamos por medo do julgamento? Quantas vezes nos olhamos no espelho e nos achamos horríveis? A comparação, o medo, a insegurança que nós temos é porque são colocadas na nossa cabeça desde que nascemos.
Na prática, o livro reforça ainda mais a importância de nos vestirmos para nós mesmos, sem medo de ousar ou de desafiar padrões. No estilo alternativo, que é o que eu trago nos meus conteúdos, já rompemos muitas dessas barreiras, mas ainda assim não estamos totalmente imunes a essas imposições.
Se você nunca leu esse livro, recomendo fortemente! Ele é um tapa na cara necessária para quem quer se libertar dessas amarras e abraçar a própria imagem e ser feliz.
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Um beijo, Suh Dolenga