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Artigo: Estão de olho em nós? (2015)

Oi, tudo bem?

Semanalmente eu trago um artigo ou texto que tenha escrito enquanto me especializava em algumas áreas. Hoje eu compartiho “Estão de olho em nós? referente a matéria “A Paranóia é real” da Revista Mundo Estranho, Maio 2012, p.16. Minha visão sobre o tema foi feita em 2015, para a matéria de Marketing Digital com a professora Pollyanna M. na pós de Comunicação Digital e E-Branding na PUCPR.

Caso usar algum trecho do meu artigo, por favor inserir o crédito*

Estão de olho em nós?

Suhellen Dolenga

É impossível mensurar e quase sempre nem nós damos conta, mas somos vigiados o tempo todo, seja fora e (pasmem), dentro da própria casa! A acessibilidade a tecnologia digital vem proporcionando um paradigma conflituoso onde nossa relação social está sofrendo profundas transformações, onde a sensação de vigiar e ser vigiado já é uma constante. Estamos em tempos da vigilância onipresente.

Desde o começo dos anos 2000 com a expansão da internet o debate a cerca daquilo que envolvem e a privacidade individual entrou em voga pelo simples fato de que uma série de recursos digitais estariam servindo para “espionar” os hábitos dos usuários. O exemplo mais prático é o uso da própria internet. Empresas como Windows já declararam publicamente usar as informações do histórico do usuário como forma de “melhorar seu uso na rede”. O gigante da net também já teve que explicar o motivo de reter em seus bancos de dados, os dados de visitações e informações pessoais. A empresa explica que a ação serve como segurança em caso de problemas judiciais e também, como maneira de “melhorar” o esultado de busca de cada internauta.

Mas o dilema envolvendo o excesso de retenção de dados e informações intimas vai além dos servidores. Web cams, podem servirem como espias filmando a ação do dono de um computador da mesma maneira que satélites fotografam em alta resolução imagens de ruas e de terrenos privados. Para se ter uma noção do tamanho desse dilema, em ano passado um foi descoberto uma falha em uma determinada marca de câmera utilizada em monitoramento de segurança (comumente utilizado em mercados, livrarias e farmácias). O erro do IP do produto possibilitava ver as imagens em tempo real através de um site em qualquer lugar do mundo. E ainda falando em retenção de informações, é sabido que vários aplicativos inseridos dentro do celular, servem para localizar o endereço de onde o celular está assim como informações gerais do próprio aparelho.

Essa vigilância constante que frequentemente entra em debates sobre o prima da ética e da individualidade do indivíduo , deve ser compreendida principalmente pelo próprio usuário. Se por uma lado não temos como controlar o que, quem, como e para onde vai nossas informações na sociedade (leia-se exteriormente, como rua, agencias de bancos e afins), dentro de nossa vida privada é possível controlar essa super exposição (as vezes involuntária).

Por alguns é visto como paranoia, por outros uma forma direta de evitar ser “vigiado” 24 horas por dias. Bloquear webs cams quando não utilizadas; usar o modo particular do navegador da internet; evitar baixar aplicativos duvidosos em celulares e tablets e desativar o rastreamento de localização de celulares são uma das medidas que podem minimizar a sensação de estar sendo vigiado seja na vida profissional – e principalmente na vida pessoal.

Referência:

MUNDO ESTRANHO, Revista. Matéria: A Paranoia é real. Maio 2012, 16p.

Capa Foto de cottonbro studio: https://www.pexels.com/pt-br/foto/mulher-em-uma-camisa-listrada-de-branco-e-azul-usando-um-laptop-4626344/

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