Oi, tudo bem
Se tem post na sexta é aquele que trago algum pensamento ou acontecimento da semana pra compartilhar com vocês e hoje vamos falar sobre a(s) amizades) por conveniência que é algo que atualmente parece tão normal, né?
É diferente de vários tipos de amizades e no fundo sabemos disso.
Conforme a idade avança e até mesmo dependendo das escolhas que fazemos no decorrer da vida, algumas pessoas que antes eram próximas, passam a ser estranhas ou apenas não fazem mais parte do núcleo de contatos importantes na nossa vida. Mas… tem aquelas que por algum motivo você sabe que já não faz sentido ter ela perto, mas ela procura te ter como uma válvula de escapa, um socorro ou simplesmente alguém que consegue tirar algum benefício.
Normalmente você tem algo a oferecer a ela e isso brilha os olhos de te manter naquela prateleira de opções interessantes e usar quando necessário.
Pra quem ainda não entendeu, uma amizade por conveniência é aquela que existe por algum benefício, seja ele social, profissional ou até emocional, mas sem um vínculo real de afeto ou cumplicidade. Nem sempre é ruim, às vezes, é apenas circunstanciais, como colegas de trabalho que se dão bem no escritório, mas não se falam fora dali, entende? MAS…. O problema surge quando uma das partes acredita que a amizade é mais profunda do que realmente é ou quando alguém se aproveita do outro sem retribuir de forma genuína – o famoso interesseiro. Já viveu algo assim?
“O que será que fulana esta fazendo… faz tempo que não vejo nada dela”
O termo “melhor(a) amigo(a)” parece ter ficado lá nos anos 90, nos tempos de colégio ou adolescência, como dizem, “caiu em desuso”, o mesmo acontece com o “como você está?”, que hoje é da da boca pra fora, porque sempre tem um “tudo bem”, porque ninguem tem tempo pra ouvir o outro mais….e aqui a bagunça começa e precisamos estar atento(a) sobre isso.
Eu fui uma adolescente/jovem popular no ciclo de amigos, eventos, mas com alguns acontecimentos na vida, passei a me distanciar e procurar focar nos meus objetivos. Nessa fase em que precisei amadurecer para me dedicar em outros pontos importantes, foi quando vi quem de fato ficou ao meu lado. Foram alguns anos em que eu fui minha própria companhia e perceber que eu estava vivendo uma fase que muitos ainda não tinham estado ou talvez nem estariam, foi e confesso que ainda é bastante tenso. Com o tempo eu consegui enxergar que muitas vezes somos nós por nós mesmos e isso vai se tornando natural conforme o dia a dia acontece.
E quando você decide empreender isso é seu novo estilo de vida, por isso muitos desistem e se não conseguem te fazer desistir, vão buscar formas de atacar envolvendo mais pessoas.
Hoje, eu vejo que algumas pessoas que ressurgem me procurando, por trás estão com algum interesse, seja no meu conhecimento, nos meus pensamentos, nos meus sonhos, no que estou fazendo e não estou expondo publicamente, nas minhas ideias… por mais que eu sempre fui a guria mais “porra louca” da galera, também sempre fui a mais CDF e intelectual a ponto de estudar e ler muito de tudo. Felizmente a gente vai adiquirindo um repertório sobre pessoas e pessoas que acaba se tornando algo simples de identificar desde o primeiro “oi”, a voz chorosa, a saudade falsa, a dúvida que pede a mão e quando vê quer o braço e a perna junto… muitos querem viver a sua vida, o seu sucesso, a sua inteligência, as suas ideias, mas nem todos querem passar pelos caminhos que você passa e fazer o que precisa ser feito.
Para alguém que foi muito popular quando mais jovem, hoje eu valorizo muito a minha solidão, a minha própria amizade, meu diário e minhas conversas comigo mesma, só eu sei a dor e o amor de passar por alguns caminhos, sentimentos, eventos e acontecimentos…e estes não me estenderam a mão quando precisei.
Se hoje me veem como bruxa, difícil de lidar, é porque cansei de ser a boazinha e disponível. E uma pessoa que aprende a viver de bem com sua própria compania, nada mais abala.
Como esta seu ciclo de amizades? Reflita.
Um beijo, Suh Dolenga