Oi, tudo bem?
Falei que esse ano eu traria mais conteúdos pessoais e ca estou eu escrevendo na madrugada, de segunda para terça, porque a bad chegou.
Antigamente os blogs eram os melhores lugares para escrevermos o que estávamos sentindo e como tudo, foi embora esse costume, um tipo de diário aberto ao público e que a gente entrava na história de um pseudo escritor, vivia cada linha daquele romance, drama ou uma mistura de fatos que nos fazíamos perder horas imaginando os personagens em seus respectivos cenários. Porém, quase todos os casos eram pessoas reais contanto suas histórias de forma natural e tão encantadora. Era tão bom…como era bom.
Se pudéssemos voltar no tempo eu escolheria essa época, em que muitas dúvidas eram sanadas através das escritas de um desconhecido ou nos sentirmos próximos e curiosos para sabermos se iria ter outro post para ver se ficou tudo bem, se ela conseguiu finalmente ficar com ele ou se os amigos conseguiram realizar aquela viagem dos sonhos…se o casal conseguiu ter o filho depois de várias tentativas ou se fulano teve coragem de seguir seu caminho sem olhar para trás..uma época em que ao acompanhar mais um capítulo da vida de um estranho fazia a gente esquecer da nossa por um tempo que passava devagar com o silêncio da noite, como amo o silêncio da noite.
Lembro que eram nas madrugadas em que a vontade de escrever vinha com mais força, a busca por conteúdos inspiradores, também, ficava horas navegando por mais histórias, em conhecer a essência de outras pessoas…isso faz uma falta, era um ritual mágico que acontecia após a 00h, como um skin care antes de dormir, de cara lavada, com meu pijama, um chá de camomila, uma boa história com uma música de fundo no Winamp e o “ocupado/ausente” no MSN enquanto vivia aquele momento de paz.
Bons tempos e mau tempo para péssimas escolhas.
Hoje, as histórias são montadas de forma que venda um produto, um serviço, uma imagem que perdeu sua naturalidade, seu encantamento e deu espaço para o fake, o estratégico, o sedutor. Uma curtida, um seguidor novo, uma solicitação de mensagem…uma forma rápida de conhecer alguém, de fazer projetos, como também destruir histórias que estão tentando sobreviver a essa geração ansiosa por mais novidades, que agora não sabemos mais se é um ser humano ou um robô quem fala…
A minha intuição nunca falha, ela está tentando me dizer algo e a sensação não é boa, ela me deixa assim, com os dedos nervosos pra escrever.
Como dizia o Capital Inicial ” eu sou o passageiro, eu rodo sem parar, eu rodo pelos subúrbios escuros...”
(A música sempre me salva, sempre).
Boa madrugada, Suh Dolenga